Coleção Folha Grandes Mestres da Pintura

Contexto histórico

Como captar o "momento"

Colaboração para Folha Online

Podemos chamá-lo, sem medo, de "líder" do Impressionismo. Seja porque foi um quadro seu que deu nome ao movimento, seja porque Monet era um homem de extrema sensibilidade e determinação, que sabia que estava por desenvolver uma nova maneira de representar a luz, de usar as cores e de, magistralmente, captar impressões de momentos únicos, como que aprisionando uma cena que jamais seria vista novamente daquela maneira, com aquelas tonalidades.

Seu estilo único de pintar, com pinceladas diluídas e esparsas, demonstrava um incrível apuro técnico, já que o artista conseguia passar noções ("impressões") de luz e movimento tocando a superfície da tela poucas e precisas vezes com o pincel. Reproduzir suas próprias impressões diante de efeitos extremamente fugazes era seu maior objetivo. Seu colega, Paul Cézanne, chegou a descrevê-lo como "meramente um olho, mas, por Deus, que olho!", dada sua capacidade para captar, processar e transportar momentos efêmeros para as telas.

Movimentos estéticos do século XX como o Abstracionismo teriam na obra dos impressionistas, em especial na maneira de pintar de Monet, uma importante fonte de inspiração.

Claude Monet passou por três guerras importantes na história da França: primeiramente sendo enviado para lutar na Argélia, que era então uma colônia francesa. Depois, em 1870, temendo ser convocado para lutar na Guerra Franco-Prussiana, foge com a esposa e o filho para a Inglaterra (a França sairia perdedora, pondo fim ao Imperialismo e dando início à República). Finalmente, a 1ª Guerra Mundial, já que o pintor morreu somente em 1927.