Curiosidades
Colaboração para
Folha Online
- Monet caricaturista
Ainda adolescente e morando em Havres, uma das primeiras atividades desenvolvidas pelo então jovem artista era fazer caricaturas dos locais para ganhar uns trocados. Monet não gostava de ir à escola, e estava sempre desenhando em seus cadernos. Sua atividade como caricaturista lhe valeu uma certa notoriedade, e ele passou a expor os trabalhos na loja onde comprava suas tintas e pincéis. Foi ali que conheceu o pintor Boudin, sua primeira grande influência.
- De rio a lagoa
Em 1893, três anos depois de ter comprado a propriedade em Giverny, Monet anexou a ela um terreno que ficava nos fundos da casa. Após alguns trâmites legais conseguiu autorização para desviar um braço do rio Ru, que passava próximo à propriedade, e assim formar um pequeno lago em seu "quintal". Apaixonado pela jardinagem, Monet passou a criar flores e plantas aquáticas, e providenciou a construção de uma charmosa ponte japonesa. "Talvez eu deva às flores o fato de ter-me tornado pintor", afirmava.
- As 50 catedrais
Durante o período passado em Rouen, instalado numa sobreloja que lhe propiciava uma magnífica visão da catedral, Monet pintou nada menos que 50 telas onde a edificação era o tema. Dentre elas, destaca-se a série de 18 telas retratando a fachada da igreja, todas vistas do mesmo ângulo. As mudanças causadas na fachada pela luz do sol, desde a hora em que nascia até o crepúsculo, eram captadas pelo aguçado olhar do pintor, que demonstrava toda sua técnica e sensibilidade ao realizar telas onde, em suas próprias palavras, "o tema é uma coisa secundária; o que eu quero reproduzir é o que existe entre ele (o tema) e eu".
- Monet no Brasil
Em 1997 o Masp (Museu de Arte de São Paulo) realizou uma grande exposição dedicada a Claude Monet. A maioria das telas expostas era da última fase da vida do artista, isto é, trabalhos feitos em Giverny, onde ninféias e nenúfares eram "temas" recorrentes, sob as mais variadas luzes e tons. A exposição trazia 23 telas, reproduções de trabalhos importantes do pintor e uma sala dedicada às crianças, e fez um enorme sucesso, passando também pelo Rio de Janeiro.
- Giverny para todos
Michel Monet, filho do pintor, legou em 1966 (ano de sua morte) à Academia de Belas Artes francesa a propriedade de Giverny, onde seu pai viveu por 43 anos. Em mau estado de conservação e com os jardins abandonados, a restauração do local só começaria 11 anos depois. Hoje é um lugar bastante visitado por turistas de todo o mundo, e tanto os belos jardins quanto o lago e a casa voltaram a seu aspecto original, com muitas flores, pássaros e toda a atmosfera conhecida através dos quadros do artista.
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